Ah, se pudéssemos dançar a nossa dança
Lágrimas que fazem o ritmo da pista
nos regando de coisas sem explicação
e nos mantendo esguios para não enrolar
O peso de nossas gulas pessoais
das nossas causas sem fundo
Nos elevando à um patamar superior
meramente ilustrativo de um lápis sem ponta
Qual a necessidade de iniciação
e qual a iniciação de uma dúvida
Às vezes não podemos consertar erros ou desvia-los
pois eles não nos pertencem, nós somos parte do reino deles
Me disseram uma vez sobre versos de amor
E também sobre poesias boas virem de tristeza
Creio apenas que emancipamos nossa dor para belas dedicatórias
antes que se tornem um testamento de um funeral abstrato
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
domingo, 16 de dezembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Canoas
Venho contar por aqui
Em versos ecoantes como a água
Histórias das Canoas e suas jornadas.
Pequenas pessoas em grandes canoas
Desejos amarrados fortes como uma rede
Mitos sussurrados, crianças de fé
União contra os grandes monstros que habitam o rio
Crianças que começam a crescer
Espaços apertados demais para quem conquistar muito
A grande imensidão que se torna apenas perspectiva
E canoas que diminuem sua equipe
Uma rede pequena demais pra ser jogada em diversas direções
Muitas mãos brutas querendo segurar coisas frágeis
Canoas únicas com seus donos
Ornamentadas para no Grande rio se aventurar
Caçar sendo caçado, olhos cegos na escuridão
Qualquer onda em um rio calmo é sinal de pertubação
Esquecer da existência de companhia os torna desnorteados por sussurros
os mesmos sussurros de mitos que quando criança ouviram
que tomam forma em sua pele pelos olhos dos outros
Monstros de si mesmo, pequenas imperfeições
Memórias uteis perdidas nos grandes ecos
Ecos que vão e vem eternamente,
mas não ha como diferenciar o som
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
Em versos ecoantes como a água
Histórias das Canoas e suas jornadas.
Pequenas pessoas em grandes canoas
Desejos amarrados fortes como uma rede
Mitos sussurrados, crianças de fé
União contra os grandes monstros que habitam o rio
Crianças que começam a crescer
Espaços apertados demais para quem conquistar muito
A grande imensidão que se torna apenas perspectiva
E canoas que diminuem sua equipe
Uma rede pequena demais pra ser jogada em diversas direções
Muitas mãos brutas querendo segurar coisas frágeis
Canoas únicas com seus donos
Ornamentadas para no Grande rio se aventurar
Caçar sendo caçado, olhos cegos na escuridão
Qualquer onda em um rio calmo é sinal de pertubação
Esquecer da existência de companhia os torna desnorteados por sussurros
os mesmos sussurros de mitos que quando criança ouviram
que tomam forma em sua pele pelos olhos dos outros
Monstros de si mesmo, pequenas imperfeições
Memórias uteis perdidas nos grandes ecos
Ecos que vão e vem eternamente,
mas não ha como diferenciar o som
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Insira seu problema romântico aqui
Brigas. Desentendimentos. Cansaço.
Nada melhor do que começar um texto com palavras tão acolhedoras. Meu texto a seguir trata de diversos fatores que estão relacionados, e sei la como descrever, foi uma sucessão de coisas aleatórias que surgiram na minha cabeça enquanto eu brigava com uma pessoa. Enfim, é isso. Boa leitura
Uma coisa que vivemos a fazer são previsões e acho isso o
cúmulo da prepotência e ego humano (eu faço previsões, antes que venham encher
a porra do meu saco). A previsão não é nada mais do que uma opinião
‘fundamentada’. Você pode estar saindo de casa com a opinião de que seu dia
será perfeito, porém esquecemos que o mundo não é composto somente de nós e sim
de uma gama de fatores visíveis e invisíveis (o caos, por exemplo), logo tudo
irá por água abaixo com certeza. Você pode calcular todas as possibilidades
possíveis de algo ocorrer, mas e as impossíveis? As afirmações de
possibilidades e existência são pessoais, levadas por uma fé comum que
ironicamente nos torna descrente pras coisas em um aspecto micro.
Outra mania chata da gente é querer concretizar o abstrato
de uma forma ditatorial. Nada melhor do que os sentimentos para demonstrar
isso. Mais uma vez caímos no campo da opinião, pois a forma de lidar e reagir
com os sentimentos são extremamente variáveis e construídas a partir de
experiências de vida. Mas mesmo assim, mesmo diante das severas condicionais, é
uma idiotice tentar colocar em teoria o que você só consegue entender
perfeitamente na prática. Uma coisa que aprendi sendo estudante de Química
Analítica foi que a maioria dos valores de constantes foi feita a partir de
estipulações e arredondamentos em um aspecto macro, e na hora da prática
minuciosa e atenta, iremos ver diferenças.
Falando em teoria, temos também a contenção. Tentar
comprimir ao máximo o que sente pra evitar desentendimentos nos torna esguio
como um ninho de cobras no cio. Alem de criar um acumulo enorme que irá
resultar em uma explosão de sentimentos e/ou hormônios uma hora e sair por ai
caçando algo pra acasalar, e provavelmente agravando os problemas que citei
acima.
Acho que poderia perder meu dia citando motivos que
confirmam que somos meros ignorantes e os quantos nos enganamos nas opiniões e
somos cegos pelo amor e seus contratempos, porém seria idiotice tentar
racionalizar as ‘racionalizações’ que temos sobre estes assuntos, visto que são
elas que tornam as relações humanas únicas.
E qual a intenção de todo este texto que fiz? Bem.. Simplesmente
mostrar que sou tão retardado quanto qualquer um, porém um retardado ciente.
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
sábado, 29 de setembro de 2012
1 ano RiR: A descida da Roda
Bem, como todos meus amigos sabem, hoje é dia 29/09 e faz um ano do rock in rio, considerado e eleito por mim o melhor dia da minha vida. Em homenagem a ele, fiz um post especial.
Caminhos certos com as intenções erradas, desejos primários deturpados pela desvalorização.
Palavras omissas, olhos ao chão
águas periódicas, brados de êxtase
voos realizados em conjunto sobre um falso paraíso e uma caminhada reflexiva sobre o amor ao lado do perigo
prosas, rolos, desenrolos, sombras e cerveja
incentivos de desejo, marionete para a destruição
um colo cedido sob julgamento, carinho dado sem verdades no coração
o alvoroço dos corações jovens, o esquecimento dos dois fardos em vão
o tolo de um tolo criando um laço invisível e o coro de um povo flutuando em paixão
danças, gritos, cores em explosão, beijos falsos como o sangue que se espalha pelo palco
roda e roda e roda, as inversões das coisas
o céu era na terra e aos meus olhos, a salvação e o pecado estavam ao meu lado
meu purgatório vivo, e meu beijo de misericórdia
a troca de uma certeza falsa de um momento por uma duvida certa para a vida
As coisas levadas pelo momento estão sendo levadas pelo tempo
o tempo eterno das coisas vivas que morrem num piscar e num toque
Obrigado por tudo.
Pra quem não sabe, ano passado fiz um post especial sobre o Rock in Rio tb etc, quem quiser ver :~~
http://pedrosplaylist.blogspot.com.br/2011/10/roda-gigante.html
Ass: Pedro Cholodoski
Caminhos certos com as intenções erradas, desejos primários deturpados pela desvalorização.
Palavras omissas, olhos ao chão
águas periódicas, brados de êxtase
voos realizados em conjunto sobre um falso paraíso e uma caminhada reflexiva sobre o amor ao lado do perigo
prosas, rolos, desenrolos, sombras e cerveja
incentivos de desejo, marionete para a destruição
um colo cedido sob julgamento, carinho dado sem verdades no coração
o alvoroço dos corações jovens, o esquecimento dos dois fardos em vão
o tolo de um tolo criando um laço invisível e o coro de um povo flutuando em paixão
danças, gritos, cores em explosão, beijos falsos como o sangue que se espalha pelo palco
roda e roda e roda, as inversões das coisas
o céu era na terra e aos meus olhos, a salvação e o pecado estavam ao meu lado
meu purgatório vivo, e meu beijo de misericórdia
a troca de uma certeza falsa de um momento por uma duvida certa para a vida
As coisas levadas pelo momento estão sendo levadas pelo tempo
o tempo eterno das coisas vivas que morrem num piscar e num toque
Obrigado por tudo.
Pra quem não sabe, ano passado fiz um post especial sobre o Rock in Rio tb etc, quem quiser ver :~~
http://pedrosplaylist.blogspot.com.br/2011/10/roda-gigante.html
Ass: Pedro Cholodoski
domingo, 23 de setembro de 2012
Armazém
Sempre chega a hora
De as portas do armazém abrirem
E adicionar coisas novas
E retirar o que está estragado
Procuram-se coisas não perecíveis
Com rótulos verdadeiros,
Nada mais triste do que ir conservando para ficar melhor
E descobrir que há muito estava estragado
Procuro por pacotes para guardar coisas
podem ser de variados tamanhos
Às vezes coisas coisas grandes podem tender
a existência de um peso desnecessário
A procura pelas coisas na vida
É sempre gostoso coisas de graça para descobrir
Passeios pelos bosques por sombras de aconchego
Pescas sem anzol que nos trazem esperança
Sempre terão certas frutas belas
em galhos altos que as fazem eclipsar o sol
Subir sua árvore para conseguir pega-la machuca
Creio que seu doce gosto pode ter virado um veneno
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
De as portas do armazém abrirem
E adicionar coisas novas
E retirar o que está estragado
Procuram-se coisas não perecíveis
Com rótulos verdadeiros,
Nada mais triste do que ir conservando para ficar melhor
E descobrir que há muito estava estragado
Procuro por pacotes para guardar coisas
podem ser de variados tamanhos
Às vezes coisas coisas grandes podem tender
a existência de um peso desnecessário
A procura pelas coisas na vida
É sempre gostoso coisas de graça para descobrir
Passeios pelos bosques por sombras de aconchego
Pescas sem anzol que nos trazem esperança
Sempre terão certas frutas belas
em galhos altos que as fazem eclipsar o sol
Subir sua árvore para conseguir pega-la machuca
Creio que seu doce gosto pode ter virado um veneno
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
Árvore da vida
Acho que as pessoas comemoram aniversário dizendo que completaram primavera pois a mesma tem todo um símbolo de renovação. Acho extremamente adorável essa comparação, visto que nasci na primavera e a acho a estação mais bonita do ano
Assim como nossos amigos vegetais (não sei vocês, mas eu converso com árvores), somos frutos de diversos fatores que nos atingem e nos modificam com o passar do tempo. Somos cultivados, criados, podados, estabelecem padrões, tudo pra dar continuidade ao que seria o certo para um fim produtivo. A terra que nos colocam enquanto somos mudas, o vaso para nosso crescimento, a tesoura que nos podou, o uso ou não de tesouras para impedir um crescimento deliberado, o sol que nos atinge e até mesmo as fases da lua que presenciamos durante as noites pode significar muito.
Se tudo der certo, todos irão elogiar e tentar te possuir, pois sempre devemos exibir as coisas quando elas correm conforme o esperado. E quando não da certo? E caso a cor de suas flores for um pouco diferentes? E se seu aroma for um pouco mais forte, mas mesmo assim doce? As pessoas irão achar que não está certo, pelo simples fato de que não é como esperado, e que você é apenas um gasto inútil de esforço à longo prazo.
Ninguém nunca vai pensar se sua terra estava fofa o suficiente para seu crescimento, simplesmente irá pisar nela
Ass: Pedro Arthur Cholodoski
sábado, 22 de setembro de 2012
Mutilação
Peço pelo perfume eterno de um roseiral
Será que ele vai ficar pra sempre na minha boca?
Acho beijos no pescoço algo tão normal
Ou as pétalas irão embora com o vento?
De um eterno veraneio na alvorada
Que não tem necessidade de acabar
Raios luminosos atingindo meus olhos
A temporária cegueira do tempo de uma fuga
Gostaria de ter a sorte de um amor desapegado
Que eu não precisasse me importar e cuidar
Que saiba atravessar a rua sozinho
E que evite se mutilar
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Dália Negra
Se os ventos continuarem com a força que estão
Acho que não poderei ver vinte e cinco primaveras
Ao analisar de uma forma imparcial e fazendo piadinhas
Diria que estou meio morto
Fico encostado na minha janela, brincando de boneco namoradeiro
Olhando o tempo passar, contando as flores que estão no meu jardim
Quando estou distraído, sempre passa um e arranca flores
Flores que estavam amadurecendo, flores que estava guardando
Por vezes quem arranca as flores para pra conversar
Pede um café, os abusados, então, pedem um banco para sentar
Dedos de prosa, encantos rápidos, conversas que tendem a durar
'Volto amanhã, jovem jardineiro' e assim me deixam a esperar
Poucos bons, raros os úteis
Troco meia dúzia de salafrários por um vaso de Dálias Negras
Ou por um conjunto de peças para cavar meus próprios buracos
Já que um dia, um jovem me deixou a flores que sugaram tudo de minha terra
As primaveras vão, as flores são levadas
O café já é feito sem vontade, e assim como a terra, está seco
Espero que quando o vento forte vier e quebrar minha janela
Eu já tenha tido tempo de prosear com quem cultivou meu jardim
Ass: Pedro Cholodoski
Dália, a flor que representa o Reconhecimento, harmonia e gentileza.
Acho que não poderei ver vinte e cinco primaveras
Ao analisar de uma forma imparcial e fazendo piadinhas
Diria que estou meio morto
Fico encostado na minha janela, brincando de boneco namoradeiro
Olhando o tempo passar, contando as flores que estão no meu jardim
Quando estou distraído, sempre passa um e arranca flores
Flores que estavam amadurecendo, flores que estava guardando
Por vezes quem arranca as flores para pra conversar
Pede um café, os abusados, então, pedem um banco para sentar
Dedos de prosa, encantos rápidos, conversas que tendem a durar
'Volto amanhã, jovem jardineiro' e assim me deixam a esperar
Poucos bons, raros os úteis
Troco meia dúzia de salafrários por um vaso de Dálias Negras
Ou por um conjunto de peças para cavar meus próprios buracos
Já que um dia, um jovem me deixou a flores que sugaram tudo de minha terra
As primaveras vão, as flores são levadas
O café já é feito sem vontade, e assim como a terra, está seco
Espero que quando o vento forte vier e quebrar minha janela
Eu já tenha tido tempo de prosear com quem cultivou meu jardim
Ass: Pedro Cholodoski
Dália, a flor que representa o Reconhecimento, harmonia e gentileza.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Pares
E tudo que se foi, e tudo que se virá, e tudo que se é
E por mais que tudo viaje e se renove, o ponto de partida é sempre o mesmo
Os pares de pés que percorrem o caminho são sempre os mesmos
Contudo, conforme mais você caminha de forma descuidada,
Suas pernas se tornarão mais cansadas
E seus pés, mais machucados com as pedras pisadas
Realmente existe a necessidade de caminhar o tortuoso ciclo?
Existe realmente uma bela vista quando chegarmos ao topo do morro?
As cores que estão presentes no céu são suficientes pra colorir todo esse meu corpo?
Deveria esperar somente a noite chegar?
No escuro, não é possível ver a cor do sangue que corre
O breu domina os olhos cujos buracos se expandem procurando a saída
A pele sente o vento frio que domina, sente o calor do sangue
E pra cada respiração, é um pedido de sobrevivência que é transmitido
As lágrimas, tão individuais e tão coletivas, correm
Vão seguindo seu caminho, por vezes pegando o caminho alheio
Porém, por mais que criem todo este percurso
Sua queda é certa
ass: Pedro Arthur Cholodoski
Nota do escritor: ''e tudo que se virá'' foi criado a partir de uma liberdade poética, antes que alguém venha me encher
E por mais que tudo viaje e se renove, o ponto de partida é sempre o mesmo
Os pares de pés que percorrem o caminho são sempre os mesmos
Contudo, conforme mais você caminha de forma descuidada,
Suas pernas se tornarão mais cansadas
E seus pés, mais machucados com as pedras pisadas
Realmente existe a necessidade de caminhar o tortuoso ciclo?
Existe realmente uma bela vista quando chegarmos ao topo do morro?
As cores que estão presentes no céu são suficientes pra colorir todo esse meu corpo?
Deveria esperar somente a noite chegar?
No escuro, não é possível ver a cor do sangue que corre
O breu domina os olhos cujos buracos se expandem procurando a saída
A pele sente o vento frio que domina, sente o calor do sangue
E pra cada respiração, é um pedido de sobrevivência que é transmitido
As lágrimas, tão individuais e tão coletivas, correm
Vão seguindo seu caminho, por vezes pegando o caminho alheio
Porém, por mais que criem todo este percurso
Sua queda é certa
ass: Pedro Arthur Cholodoski
Nota do escritor: ''e tudo que se virá'' foi criado a partir de uma liberdade poética, antes que alguém venha me encher
sábado, 28 de julho de 2012
Vênus
O tempo está nublado. Ele sempre está nublado quando preciso. Não sei se é ironia, mas acho que ele fecha quando preciso ver o que ele está escondendo. Acho que as pessoas são assim: sempre acabam escondendo os tesouros que elas podem mostrar e por vezes oferecer ao nosso Reino.
Você se importaria de sentar comigo e ouvir minhas palavras? Talvez pela primeira vez, talvez pela segunda, talvez seja apenas um convite perdido, mas você gostaria de sentar? Ou deitar, a areia existe pra isso. Tem meu colo caso queira usar dele para um melhor conforto enquanto conto minha história.
Que tal uma troca? Você mostra suas jóias, e eu mostro as minhas, está bom pra você? Acho uma troca um tanto injusta, visto que é tão simples atravessar o que as minhas nuvens tentam esconder, acho que minhas tentativas de bloqueio são como chuvas de veraneio: rápidas, por vezes cruéis, mas rapidamente expõem o céu.
Sem mais rodeios, quero que você olhe para o céu. Permita que por um momento, eu seja seu guia, como eu gostaria de ser. Da última vez que estivemos olhando pra cima, por cima das coisas que nós podemos mostrar, estava tudo nublado. Dessa vez, espero eu, e caso vossa imaginação permita, o céu estará estrelado, muito estrelado, como naquelas belas cidades de interior ou aquelas praias pouco iluminadas, mas é apenas imaginação, então seja fértil na cabeça, assim como sou no coração.
Levante suas mãos, bote ela em um plano principal, e as estrelas e constelações como um belo plano de fundo para a montagem. Imagine um belo ponto no centro da sua mão. Para cada dedo que você tem, é um caminho a ser tomado. Qual você escolhe? pode ser qualquer um, pois no exemplo que estou usando ele irá ser fechado. Ai você tem duas opções: tentar continuar a usar este dedo ou mudar pra outro. Novamente, como sou o comandante desta história, direi que você irá insistir no dedo, e isso te deixará mal e cansado. Mas depois deste sofrimento, você tem duas opções: voltar para o centro e escolher outro caminho, ou desistir. Supondo que você quer continuar a jornada pela sua pequena mão, iremos para outro dedo, dedo que não irá contrair e se fechar pra você, e sim chegar até a ponta, onde poderá ver tudo. Isso foi um acerto, certo? Depois que você chegou ali, aprendeu e quer aprender mais, ou seja, irá migrar para outro dedo.. e por ai vai. Não quero prolongar isso, então irei direto ao ponto. Após passar por todos os outros dedos, você quer voltar ao dedo que se fechou pra você. Se ele se abrir, você terá concluído tudo. Se ele não quiser abrir, verá que isto é algo que nem seu conhecimento mais profundo irá entender, mas por sorte você conseguiu. Sua mão está totalmente aberta e explorada. Você sabe a maioria dos caminhos básicos e seus ensinamentos. Agora, meu amor, retire sua mão e olhe tudo que há atrás. Agora que você tem o básico, todas as estrelas, todo o céu, tudo é seu pra ser explorado. Todas as diversas combinações, todas as diversas luzes, tudo está para seu prazer e entendimento.
O que quis dizer com tudo isso? Por vezes, meu amor, acho que o seu entendimento tem que ser superior às minhas palavras. Está gostando das palavras? Fui chato para você novamente? Sou nada mais nem nada menos que um dedo, uma parte básica do seu universo, que você quis fechar. Será, meu jovem acompanhante, que você está vendo o brilho das estrelas nos meus olhos como eu consegui ver nos seus, mesmo que você não se permita acreditar?
Acho que essa história ficou meio louca e sem sentido, mas se isto é novo para você, para mim já é comum esta insanidade que você me causa o tempo inteiro. Acho que você poderia deixar eu brincar um pouco de contar as estrelas do seu céu, quem sabe?
Pois no fundo, o céu que te ilumina é o mesmo que me ilumina, apesar de tudo, você percebe?
Isto não é uma literatura amorosa. Isto não é uma música amorosa. Ou será que sim?
Será que poderei te entender? Ainda tem areia em mim, e se você encostar em mim, poderá te sujar.. mas eu gostaria que você não ligasse para esse detalhe.
Pedro Arthur Cholodoski
Você se importaria de sentar comigo e ouvir minhas palavras? Talvez pela primeira vez, talvez pela segunda, talvez seja apenas um convite perdido, mas você gostaria de sentar? Ou deitar, a areia existe pra isso. Tem meu colo caso queira usar dele para um melhor conforto enquanto conto minha história.
Que tal uma troca? Você mostra suas jóias, e eu mostro as minhas, está bom pra você? Acho uma troca um tanto injusta, visto que é tão simples atravessar o que as minhas nuvens tentam esconder, acho que minhas tentativas de bloqueio são como chuvas de veraneio: rápidas, por vezes cruéis, mas rapidamente expõem o céu.
Sem mais rodeios, quero que você olhe para o céu. Permita que por um momento, eu seja seu guia, como eu gostaria de ser. Da última vez que estivemos olhando pra cima, por cima das coisas que nós podemos mostrar, estava tudo nublado. Dessa vez, espero eu, e caso vossa imaginação permita, o céu estará estrelado, muito estrelado, como naquelas belas cidades de interior ou aquelas praias pouco iluminadas, mas é apenas imaginação, então seja fértil na cabeça, assim como sou no coração.
Levante suas mãos, bote ela em um plano principal, e as estrelas e constelações como um belo plano de fundo para a montagem. Imagine um belo ponto no centro da sua mão. Para cada dedo que você tem, é um caminho a ser tomado. Qual você escolhe? pode ser qualquer um, pois no exemplo que estou usando ele irá ser fechado. Ai você tem duas opções: tentar continuar a usar este dedo ou mudar pra outro. Novamente, como sou o comandante desta história, direi que você irá insistir no dedo, e isso te deixará mal e cansado. Mas depois deste sofrimento, você tem duas opções: voltar para o centro e escolher outro caminho, ou desistir. Supondo que você quer continuar a jornada pela sua pequena mão, iremos para outro dedo, dedo que não irá contrair e se fechar pra você, e sim chegar até a ponta, onde poderá ver tudo. Isso foi um acerto, certo? Depois que você chegou ali, aprendeu e quer aprender mais, ou seja, irá migrar para outro dedo.. e por ai vai. Não quero prolongar isso, então irei direto ao ponto. Após passar por todos os outros dedos, você quer voltar ao dedo que se fechou pra você. Se ele se abrir, você terá concluído tudo. Se ele não quiser abrir, verá que isto é algo que nem seu conhecimento mais profundo irá entender, mas por sorte você conseguiu. Sua mão está totalmente aberta e explorada. Você sabe a maioria dos caminhos básicos e seus ensinamentos. Agora, meu amor, retire sua mão e olhe tudo que há atrás. Agora que você tem o básico, todas as estrelas, todo o céu, tudo é seu pra ser explorado. Todas as diversas combinações, todas as diversas luzes, tudo está para seu prazer e entendimento.
O que quis dizer com tudo isso? Por vezes, meu amor, acho que o seu entendimento tem que ser superior às minhas palavras. Está gostando das palavras? Fui chato para você novamente? Sou nada mais nem nada menos que um dedo, uma parte básica do seu universo, que você quis fechar. Será, meu jovem acompanhante, que você está vendo o brilho das estrelas nos meus olhos como eu consegui ver nos seus, mesmo que você não se permita acreditar?
Acho que essa história ficou meio louca e sem sentido, mas se isto é novo para você, para mim já é comum esta insanidade que você me causa o tempo inteiro. Acho que você poderia deixar eu brincar um pouco de contar as estrelas do seu céu, quem sabe?
Pois no fundo, o céu que te ilumina é o mesmo que me ilumina, apesar de tudo, você percebe?
Isto não é uma literatura amorosa. Isto não é uma música amorosa. Ou será que sim?
Será que poderei te entender? Ainda tem areia em mim, e se você encostar em mim, poderá te sujar.. mas eu gostaria que você não ligasse para esse detalhe.
Pedro Arthur Cholodoski
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Maré
1 2 3 testando o som do mar.
Queria eu trocar a maioria dos barulhos presentes na minha vida por barulho de mar. É inconstante, repetitivo, varia de volume sem o uso de aparelhos e relaxa a alma. E também, querendo ou não, é a trilha sonora eterna dos meus momentos românticos, que se tornaram momentos de despedida.
Tudo isso é engraçado porque toda vez que vou com alguém especial na praia, é meio que um sinal de despedida. Acho que o mar, em toda sua graça, usa sua música encantadora pra registrar meu momento e guarda-lo pra sempre em cada quebra de onda. Acho que ele pode fazer parte do meu julgamento, sendo juiz, jurado ou testemunha, tanto de defesa como de ataque.
Nosso julgamento pras coisas, tanto nossas quanto alheias, é sempre danificado, e nossos únicos juízes sinceros somos nós mesmos. Quando fazemos algo, somente nós sabemos o verdadeiro motivo para a ação ocorrida. Mas, querendo ou não, sempre somos julgados ou julgaremos as coisas. Seja condenando, ou seja aprovando. Mas ninguém pode ser juiz de ninguém, pelos conceitos e preconceitos, paixão, carinho e ódio que sentimos. Sempre alguém virá com ''ele é uma ótima pessoa, nunca faria isso com ninguém, eu o conheço a anos'' e alguém com ''esse ai é um filha da puta cretino, merece umas boas porradas''. A lei, a moral e os princípios são estudados para tentarmos ter a capacidade de criar um padrão de julgamento, mas e quando os próprios crimes são permitidos dentro deste padrão, mas ocorre um julgamento? Não é possível fugir disto enquanto houver o quesito coletivo de pensamento e culpa. Chegamos, então, no julgamento do mar.
uma certa vez, fui com 3 pessoas passear na praia em um fim de tarde, e mandei sentarmos na areia pra ver o surgimento da noite. Lá, mandei fecharem os olhos e prestarem atenção no que ouviam. Era incrível, pois se olhássemos para frente e esquecêssemos que havia uma cidade atrás de nós, ouviríamos somente o barulho do mar e som das nossas vozes.
Enfim, o barulho do mar vem e vai, assim como a abstração dos pensamentos. conforme começa o embaralhamento das coisas, podemos ir percebendo as verdadeiras motivações, os verdadeiros desejos e tudo que nos fez agir de certa forma, seja ela certa ou errada. Só o próprio réu pode sofrer o julgamento, cujo juiz é si mesmo, pois ele se conhece com perfeição a ponto de conhecer seus crimes e milagres. Abra o jogo pra si mesmo, não esconda as verdades que você sente por trás de pretextos, contextos e compaixão própria, pois assim o caminho pra auto-condenação é inevitável.
Uma vez eu disse: ''No fim, não importa os romances, não importa as pessoas, sempre nos imaginaremos nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas.''
E acho que nesses lugares, eu consigo selar tudo de bom, e enquanto houver a música deste artista sem fim, qualquer julgamento e qualquer memória será verdadeira. Tanto para mim, quanto para terceiros.Mas acho que o mar fica de ressaca pra jogar pro alto as coisas. Só isso a dizer. E cabe a vocês entenderem, interpretarem e absorverem. Não forçarei ninguém a ser especialista em ocultismo e liberdade poética
Assinado: Pedro Arthur Cholodoski
Queria eu trocar a maioria dos barulhos presentes na minha vida por barulho de mar. É inconstante, repetitivo, varia de volume sem o uso de aparelhos e relaxa a alma. E também, querendo ou não, é a trilha sonora eterna dos meus momentos românticos, que se tornaram momentos de despedida.
Tudo isso é engraçado porque toda vez que vou com alguém especial na praia, é meio que um sinal de despedida. Acho que o mar, em toda sua graça, usa sua música encantadora pra registrar meu momento e guarda-lo pra sempre em cada quebra de onda. Acho que ele pode fazer parte do meu julgamento, sendo juiz, jurado ou testemunha, tanto de defesa como de ataque.
Nosso julgamento pras coisas, tanto nossas quanto alheias, é sempre danificado, e nossos únicos juízes sinceros somos nós mesmos. Quando fazemos algo, somente nós sabemos o verdadeiro motivo para a ação ocorrida. Mas, querendo ou não, sempre somos julgados ou julgaremos as coisas. Seja condenando, ou seja aprovando. Mas ninguém pode ser juiz de ninguém, pelos conceitos e preconceitos, paixão, carinho e ódio que sentimos. Sempre alguém virá com ''ele é uma ótima pessoa, nunca faria isso com ninguém, eu o conheço a anos'' e alguém com ''esse ai é um filha da puta cretino, merece umas boas porradas''. A lei, a moral e os princípios são estudados para tentarmos ter a capacidade de criar um padrão de julgamento, mas e quando os próprios crimes são permitidos dentro deste padrão, mas ocorre um julgamento? Não é possível fugir disto enquanto houver o quesito coletivo de pensamento e culpa. Chegamos, então, no julgamento do mar.
uma certa vez, fui com 3 pessoas passear na praia em um fim de tarde, e mandei sentarmos na areia pra ver o surgimento da noite. Lá, mandei fecharem os olhos e prestarem atenção no que ouviam. Era incrível, pois se olhássemos para frente e esquecêssemos que havia uma cidade atrás de nós, ouviríamos somente o barulho do mar e som das nossas vozes.
Enfim, o barulho do mar vem e vai, assim como a abstração dos pensamentos. conforme começa o embaralhamento das coisas, podemos ir percebendo as verdadeiras motivações, os verdadeiros desejos e tudo que nos fez agir de certa forma, seja ela certa ou errada. Só o próprio réu pode sofrer o julgamento, cujo juiz é si mesmo, pois ele se conhece com perfeição a ponto de conhecer seus crimes e milagres. Abra o jogo pra si mesmo, não esconda as verdades que você sente por trás de pretextos, contextos e compaixão própria, pois assim o caminho pra auto-condenação é inevitável.
Uma vez eu disse: ''No fim, não importa os romances, não importa as pessoas, sempre nos imaginaremos nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas.''
E acho que nesses lugares, eu consigo selar tudo de bom, e enquanto houver a música deste artista sem fim, qualquer julgamento e qualquer memória será verdadeira. Tanto para mim, quanto para terceiros.Mas acho que o mar fica de ressaca pra jogar pro alto as coisas. Só isso a dizer. E cabe a vocês entenderem, interpretarem e absorverem. Não forçarei ninguém a ser especialista em ocultismo e liberdade poética
Assinado: Pedro Arthur Cholodoski
sábado, 28 de abril de 2012
Reações
Acho um tanto curioso em como existe a imparcialidade e a criação de tendência auto-pessoal. O termo em si pode parecer redundante e foneticamente feio, contudo representa a nossa inconstância sentimental-lógica.
Quando você começa a gostar de uma pessoa, você começa a absorver e aprender algo a partir daquele relacionamento. Se o aprendizado quer ser compartilhado e multiplicado entre os integrantes da relação, podemos chamar isso de amor. Mas o fato mais interessante nisso tudo é a disputa de interesses que ocorre entre nossa coordenação lógica da sentimental. Há quem diga que nossos sentimentos são apenas variações hormonais e que nosso cérebro não pode compreender direito, só interpretar e realizar ações a partir disso. Entretanto, quando ocorre uma variação de interesses e aprendizados por parte dos envolvidos, pode-se perceber uma contradição entre o que é certo e o que deve ser feito, mesmo que ambos indiquem o mesmo caminho. A partir dai, que ao meu ver, surge o principio da alma.
Todos temos nossa alma, que é o caminho não necessariamente contraditório do que o corpo quer, mas muitas vezes nos auxilia no que precisaremos mais para frente. Toda relação gera conhecimento, bom ou ruim, mas o relacionamento amoroso é mais intenso, pois creio que ninguém aqui fica com os hormônios a flor da pele quando seu amigo ou amiga está de mão dada com alguém, correto? A relação amorosa sempre gera uma reação de troca e união de conhecimento, visto que, mesmo por um instante, existe a comunhão tanto do desejo físico como espiritual para manter aquela situação se prolongando por um bom período de tempo.
Quando duas pessoas um tanto diferentes se unem, podem ter algumas explicações: uma conexão alem do instinto, que é um tanto contestada pelas pessoas no geral, uma atração física criada por uma variação aleatória dos hormônios, ou magia negra, foco no cu, o que vocês quiserem. Mas, reclamando ou não, acontece. Desse tipo de união, ocorrem os choques mais violentes, entretanto, os mais significativos, pois mesmo que seja estressante e culmine diariamente com um desejo de término por parte do cérebro, mas nossa alma deseja continuar, pois ela normalmente sabe que ainda há o que ser absorvido, compartilhado e aprendido.
Contudo, apesar de tudo e das coisas boas, ainda terá a fase sofrida. A falta de sintonia é algo que por vezes é mortal. Quando duas pessoas puxam uma corda, se as duas estiverem aplicando uma força igual, estará tudo bem. Mas a partir do momento que um dos lados não consegue sentir a força do outro ou desiste por estar simplesmente cansado de ficar em pé e esperar a colaboração, é o fim.
Pior ainda, quando uma opção que parece ser mais simples que criar o equilíbrio da corda surge e seu corpo, por vezes cansado daquele rito, se torna inclinado e ir pra ele, enquanto seu espirito deseja permanecer na luta. O triste pecado da carne, que acomete muitos( inclusive ao próprio escritor deste texto), é criado quando o espirito fraqueja no que deseja, e permite que o instinto aja primeiro. Enquanto houver esperança do correto, os erros não irão acontecer.
Por vezes uma carga muito pesada compartilhada para duas pessoas pode parecer mais leve que uma unidade leve para uma só pessoa. E depois que a carga é estabilizada, tanto alma quanto corpo podem descansar.
Compreenderam o que eu quis dizer?
Assinado: Pedro Cholodoski
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Maria
É difícil diferenciar as cores das coisas
tão cinzas, tudo tão normal
as esperanças criadas, tão lindas
se perdem no infinito vazio da decepção
perfumes caros,
doces sorrisos
piranha domada sendo amada
por quem odeia peixe
beijos doces,
grande precipitação
ouvir declarações com um sorriso
mas um aperto no coração
E a mutualidade se faz presente
mas sempre mudando sua manifestação
o silêncio aumenta
e lágrimas escorrem para o chão
Tempo, tão sábio, tão jovem
sua mania de brincar com minhas vontades
sempre acaba destruindo a verdadeira intenção
São confusos os sentimentos
são confusas as intenções
pelo menos tenho a certeza que te amo
mas por quanto tempo irá durar essa situação?
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Dejavu
Deitar na praia deserta durante o dia, olhar fixamente para o céu azul sem nuvens e se perder no ciclo infinito. O que é o mar, o que é o céu? de onde vem o barulho das ondas, e porque as aves estão perdidas nesse espaço entre os 2 grandes vazios azuis?
Deitar num campo de vegetação rasteira durante a noite, olhar novamente para o céu, dessa vez perdido em um misto de brilhos e escuridão. seria o vento o sopro das estrelas que estão rogando por mim? seria esse frio na espinha causado pela estrela que está reluzindo ao meu lado? pelo brilho eterno da beleza natural que se materializou para mim?
Algumas vezes retornamos ao passado ao recebermos determinados estímulos, estímulos de saudade, estímulos de carinho. Outras, porem, vamos ao futuro, mesmo que de forma temporária. Cria-se expectativa, imagina-se um milhão de coisas.
A graça, é que no fim, mudam-se as pessoas, mudam-se as épocas, mas no fim a vontade, o desejo de permanecer sempre com uma pessoa é o mesmo. Tenho a teoria que o nosso amor não é pela pessoa, e sim por algo especial no interior da mesma. Com o tempo, vamos absorvendo isso, e quando a absorção se completa, é porque o tempo para aquele momento acabou. Foi guardado o necessário, e começa a jornada para a assimilação desse 'algo', ou o inicio de uma paixão nova por um novo 'algo'. Quando sofremos porque um relacionamento acabou, é porque essa pessoa absorveu tudo que podia de nós, mas não conseguimos ter tempo que absorver tudo que elas podiam nos oferecer, tornado a transferência um tanto incompleta.
No fim, não importa os romances, não importa as pessoas, sempre nos imaginaremos nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas.
Pois o amor é nosso, e de mais ninguém
Ass: Pedro Cholodoski
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
50 cent
Anteriormente, em dois textos diferentes, falei duas das frases que fazem parte da minha filosofia de vida. Uma era o fato de eu não acreditar no destino, e sim no acaso, que torna nossa vida um tanto mais interessante. A outra, que fiz num texto um tanto mais antigo, dizia que a amizade é como um equilíbrio químico. Fui percebendo como estava aprendendo a associar minha futura carreira as coisas da minha vida, fato que ocorre inevitavelmente quando gostamos do que fazemos( ou achamos que iremos fazer).
Enfim, o que isso tem a ver com o que quero falar hoje?
Bem, quero falar de um pouco de tudo. Estava eu hoje ouvindo música no Ônibus enquanto voltava para casa, e meu iPod caiu no chão. Quando o peguei, senti uma moeda do lado dele, e como eu estava sentado sozinho desde o início da viagem, a peguei para mim. Isso mostra como as coisas são puro acaso. Alguém perdeu a moeda por um descuido, e eu a achei. Curiosas são as coisas. No meu colégio, por exemplo, existe a história que que há ácido sulfúrico pelo chão, proveniente de algum estudante distraído que carregava um tubo de ensaio e o deixou cair. Mas e se algum fator o atrapalhou? E se houve algo que roubou sua atenção, mesmo que contra sua vontade?
Minha conclusão mais legal de hoje.
Estava eu vendo sobre como funcionamos, não só os meus, mas no geral, e vi que nós, seres humanos, quando se trata de relações, nós somos igual reagentes químicos. Temos nossa própria velocidade de reação, nossa própria energia de ativação para começarmos a gostar de alguém. E tudo que serve para química, serve para nós. A entropia é a desordem da nossa cabeça, normalmente causada pela quantidade de pensamentos(inúteis) que temos. E com o estresse, que nos deixa de cabeça quente, as coisas entram em choque maior, causando reações espontâneas que nem sempre são muito boas.
Nem sempre tudo que tem uma velocidade rápida tem um rendimento bom, nem tudo que vai lento terá que ter pouco resultado. Tudo irá depender dos reagentes orgânicos que respiram e sentem.
A entropia as vezes é tão grande, que os choques serão tão fortes, que os pensamentos irão se esvair, e as ações irão começar, as roupas se espalharem. E a energias ficam tão intensas, mas tão intensas, que teremos uma velocidade excelente para a fase lenta, para um prazer muitas vezes lento e apreciável na etapa rápida.
As relações entre as pessoas podem ser como ligações iônicas: belas, muitas vezes brilhantes, com alta resistência a fatores externos, mas altamente quebradiças.
E que o amor seja insolúvel na maldade que existe no mundo, de forma que ele sempre esteja precipitado na gente.
O acaso nos leva a reagir. Pode ser com extensão apreciável, mas rápido, ou bem demorado, rendendo a vida inteira. Mas reaja. Pois o acaso pode não acontecer duas vezes.
Assinado: Pedro Cholodoski
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
estação
Luz. Som. Água. Lágrimas. Carinho. Desespero. Insegurança. Felicidade.
Certas coisas, certos desejos, certas datas, todas criadas pelo ser humano, servem para impedir que todos caiam no ciclo da tristeza, e da falta de fé. Tudo na vida é dividida em ciclos pero mero intuito de tentar desculpar os nossos erros e justificar que foi a fase. Ou nossa estação, como quiser. Mas acho interessante separar as coisas pra entendermos a nós mesmos, e poder compensar com ações posteriores melhores, ou não.
E qual a necessidade da escolha de datas específicas pras pessoas provarem que amam umas as outras, ou simplesmente são hipócritas para não serem excluídos do grande circulo social que fazemos várias vezes, durante vários 12 meses, que irá culminar em uma só coisa: A morte.
Por que não existe verdade absoluta, falsidade total, simplesmente a morte.
E depois de 12 meses que podem ter sido sofridos, felizes, chorosos, cheios de vibrações boas, chegamos a um único dia onde milhões de pessoas que poderiam se odiar estão juntas numa casa, orla, restaurante fino, para ouvir uma barulhada de explosões seguidas de luzes lindas.
O ano novo foi planejado pra isso. Foi planejado para começar um novo ciclo, tentar fazer com que as pessoa expulsem seus problemas, e que eles possam explodir com os fogos, aumentando a intensidade das cores, fazendo o barulho maior.
É o momento que mesmo pessoas que se odeiam deixem de sentir isso, deixem tudo de lado para se amar, e sentir tudo que deveriam sentir pela vida.
E que as luzes possam nos ajudar a entender, que as lágrimas possam purificar, que a hipocrisia das festas coletivas acabem, e que tudo possa ocorrer no seu sentido natural, sem a triste alteração causada pela burrice que nós temos.
Pena que dura pouco.
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