sábado, 29 de setembro de 2012

1 ano RiR: A descida da Roda

Bem, como todos meus amigos sabem, hoje é dia 29/09 e faz um ano do rock in rio, considerado e eleito por mim o melhor dia da minha vida. Em homenagem a ele, fiz um post especial.

Caminhos certos com as intenções erradas, desejos primários deturpados pela desvalorização.
Palavras omissas, olhos ao chão
águas periódicas, brados de êxtase
voos realizados em conjunto sobre um falso paraíso e uma caminhada reflexiva sobre o amor ao lado do perigo
prosas, rolos, desenrolos, sombras e cerveja
incentivos de desejo, marionete para a destruição
um colo cedido sob julgamento, carinho dado sem verdades no coração
o alvoroço dos corações jovens, o esquecimento dos dois fardos em vão
o tolo de um tolo criando um laço invisível e o coro de um povo flutuando em paixão
danças, gritos, cores em explosão, beijos falsos como o sangue que se espalha pelo palco
roda e roda e roda, as inversões das coisas
o céu era na terra e aos meus olhos, a salvação e o pecado estavam ao meu lado
meu purgatório vivo, e meu beijo de misericórdia
a troca de uma certeza falsa de um momento por uma duvida certa para a vida
As coisas levadas pelo momento estão sendo levadas pelo tempo
o tempo eterno das coisas vivas que morrem num piscar e num toque

Obrigado por tudo.

Pra quem não sabe, ano passado fiz um post especial sobre o Rock in Rio tb etc, quem quiser ver :~~
http://pedrosplaylist.blogspot.com.br/2011/10/roda-gigante.html


Ass: Pedro Cholodoski

domingo, 23 de setembro de 2012

Armazém

Sempre chega a hora
De as portas do armazém abrirem
E adicionar coisas novas
E retirar o que está estragado

Procuram-se coisas não perecíveis
Com rótulos verdadeiros,
Nada mais triste do que ir conservando para ficar melhor
E descobrir que há muito estava estragado

Procuro por pacotes para guardar coisas
podem ser de variados tamanhos
Às vezes coisas coisas grandes podem tender
a existência de um peso desnecessário

A procura pelas coisas na vida
É sempre gostoso coisas de graça para descobrir
Passeios pelos bosques por sombras de aconchego
Pescas sem anzol que nos trazem esperança

Sempre terão certas frutas belas
em galhos altos que as fazem eclipsar o sol
Subir sua árvore para conseguir pega-la machuca
Creio que seu doce gosto pode ter virado um veneno

Ass: Pedro Arthur Cholodoski

Árvore da vida

Acho que as pessoas comemoram aniversário dizendo que completaram primavera pois a mesma tem todo um símbolo de renovação. Acho extremamente adorável essa comparação, visto que nasci na primavera e a acho a estação mais bonita do ano
Assim como nossos amigos vegetais (não sei vocês, mas eu converso com árvores), somos frutos de diversos fatores que nos atingem e nos modificam com o passar do tempo. Somos cultivados, criados, podados, estabelecem padrões, tudo pra dar continuidade ao que seria o certo para um fim produtivo. A terra que nos colocam enquanto somos mudas, o vaso para nosso crescimento, a tesoura que nos podou, o uso ou não de tesouras para impedir um crescimento deliberado, o sol que nos atinge e até mesmo as fases da lua que presenciamos durante as noites pode significar muito. 
Se tudo der certo, todos irão elogiar e tentar te possuir, pois sempre devemos exibir as coisas quando elas correm conforme o esperado. E quando não da certo? E caso a cor de suas flores for um pouco diferentes? E se seu aroma for um pouco mais forte, mas mesmo assim doce? As pessoas irão achar que não está certo, pelo simples fato de que não é como esperado, e que você é apenas um gasto inútil de esforço à longo prazo.
Ninguém nunca vai pensar se sua terra estava fofa o suficiente para seu crescimento, simplesmente irá pisar nela


Ass: Pedro Arthur Cholodoski

sábado, 22 de setembro de 2012

Mutilação


Peço pelo perfume eterno de um roseiral
Será que ele vai ficar pra sempre na minha boca?
Acho beijos no pescoço algo tão normal
Ou as pétalas irão embora com o vento?


De um eterno veraneio na alvorada
Que não tem necessidade de acabar
Raios luminosos atingindo meus olhos
A temporária cegueira do tempo de uma fuga


Gostaria de ter a sorte de um amor desapegado
Que eu não precisasse me importar e cuidar
Que saiba atravessar a rua sozinho
E que evite se mutilar