E tudo que se foi, e tudo que se virá, e tudo que se é
E por mais que tudo viaje e se renove, o ponto de partida é sempre o mesmo
Os pares de pés que percorrem o caminho são sempre os mesmos
Contudo, conforme mais você caminha de forma descuidada,
Suas pernas se tornarão mais cansadas
E seus pés, mais machucados com as pedras pisadas
Realmente existe a necessidade de caminhar o tortuoso ciclo?
Existe realmente uma bela vista quando chegarmos ao topo do morro?
As cores que estão presentes no céu são suficientes pra colorir todo esse meu corpo?
Deveria esperar somente a noite chegar?
No escuro, não é possível ver a cor do sangue que corre
O breu domina os olhos cujos buracos se expandem procurando a saída
A pele sente o vento frio que domina, sente o calor do sangue
E pra cada respiração, é um pedido de sobrevivência que é transmitido
As lágrimas, tão individuais e tão coletivas, correm
Vão seguindo seu caminho, por vezes pegando o caminho alheio
Porém, por mais que criem todo este percurso
Sua queda é certa
ass: Pedro Arthur Cholodoski
Nota do escritor: ''e tudo que se virá'' foi criado a partir de uma liberdade poética, antes que alguém venha me encher
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