sábado, 28 de abril de 2012

Reações

Acho um tanto curioso em como existe a imparcialidade e a criação de tendência auto-pessoal. O termo em si pode parecer redundante e foneticamente feio, contudo representa a nossa inconstância sentimental-lógica.

Quando você começa a gostar de uma pessoa, você começa a absorver e aprender algo a partir daquele relacionamento. Se o aprendizado quer ser compartilhado e multiplicado entre os integrantes da relação, podemos chamar isso de amor. Mas o fato mais interessante nisso tudo é a disputa de interesses que ocorre entre nossa coordenação lógica da sentimental. Há quem diga que nossos sentimentos são apenas variações hormonais e que nosso cérebro não pode compreender direito, só interpretar e realizar ações a partir disso. Entretanto, quando ocorre uma variação de interesses e aprendizados por parte dos envolvidos, pode-se perceber uma contradição entre o que é certo e o que deve ser feito, mesmo que ambos indiquem o mesmo caminho. A partir dai, que ao meu ver, surge o principio da alma. 

Todos temos nossa alma, que é o caminho não necessariamente contraditório do que o corpo quer, mas muitas vezes nos auxilia no que precisaremos mais para frente. Toda relação gera conhecimento, bom ou ruim, mas o relacionamento amoroso é mais intenso, pois creio que ninguém aqui fica com os hormônios a flor da pele quando seu amigo ou amiga está de mão dada com alguém, correto? A relação amorosa sempre gera uma reação de troca e união de conhecimento, visto que, mesmo por um instante, existe a comunhão tanto do desejo físico como espiritual para manter aquela situação se prolongando por um bom período de tempo.

Quando duas pessoas um tanto diferentes se unem, podem ter algumas explicações: uma conexão alem do instinto, que é um tanto contestada pelas pessoas no geral, uma atração física criada por uma variação aleatória dos hormônios, ou magia negra, foco no cu, o que vocês quiserem. Mas, reclamando ou não, acontece. Desse tipo de união, ocorrem os choques mais violentes, entretanto, os mais significativos, pois mesmo que seja estressante e culmine diariamente com um desejo de término por parte do cérebro, mas nossa alma deseja continuar, pois ela normalmente sabe que ainda há o que ser absorvido, compartilhado e aprendido.

Contudo, apesar de tudo e das coisas boas, ainda terá a fase sofrida. A falta de sintonia é algo que por vezes é mortal. Quando duas pessoas puxam uma corda, se as duas estiverem aplicando uma força igual, estará tudo bem. Mas a partir do momento que um dos lados não consegue sentir a força do outro ou desiste por estar simplesmente cansado de ficar em pé e esperar a colaboração, é o fim.
 Pior ainda, quando uma opção que parece ser mais simples que criar o equilíbrio da corda surge e seu corpo, por vezes cansado daquele rito, se torna inclinado e ir pra ele, enquanto seu espirito deseja permanecer na luta. O triste pecado da carne, que acomete muitos( inclusive ao próprio escritor deste texto), é criado quando o espirito fraqueja no que deseja, e permite que o instinto aja primeiro. Enquanto houver esperança do correto, os erros não irão acontecer.

Por vezes uma carga muito pesada compartilhada para duas pessoas pode parecer mais leve que uma unidade leve para uma só pessoa. E depois que a carga é estabilizada, tanto alma quanto corpo podem descansar.

Compreenderam o que eu quis dizer?




Assinado: Pedro Cholodoski