terça-feira, 29 de novembro de 2011

Supermassive Black hoke

Sabe, certa vez quando mais novo estava eu passando o ano novo na região do interior do Rio de Janeiro em um sítio muito bonito, e quando o relógio bateu 9 da noite, apagamos todas as luzes e deitamos todos ao lado da piscina, sentindo a brisa em nosso rosto e observando o grande espaço infinito acima de nós , e tive uma das visões mais espetaculares da minha vida: A grande onda branca e prata e cobre o céu, fora os belos pontos vermelhos que faziam parte deste conjunto lindo e infinito.
Avançando uns 5 anos, uma falta de luz me força a ir para o meu quintal fica na rede para pegar uma brisa, e resolvi olhar novamente para o céu, e notei uma diferença deprimente: O céu aqui é morto, com poucas estrelas, e não pude ver a via láctea.
Quando presenciei essa cena, me deu uma vontade tremenda de escrever, mas estava sem luz( hihi) e hoje, um mês depois, venho escrever.

O céu no campo é nosso coração: Puro, cheio de beleza e cada estrela é um sentimento, cada estrela é uma lágrima guardada para momentos importantes, que deveriam ser de felicidade ou para a triste dor inevitável que é o amor e a separação. É o estado que estamos quando amamos, no qual todas as estrelas estão brilhando e você pode vê-las brilhando para você, pois assim como seu amor, o que é bom deveria durar para sempre.

Entretanto, conforme nosso coração vai escurecendo, conhecendo os perigos do mundo que nós mesmos criamos para os outros, nossas lágrimas caem, nossas esperanças diminuem e nossos sentimentos são corrompidos a buracos negros, que sugam as outras coisas boas perto de nós.

Estou tentando iluminar novamente meu céu, tentando tornar os buracos negros que o estavam tornando vazio embora, e ele estava se tornando bem mais iluminado.
Mas como nada é perfeito, e a entropia da minha vida é alta demais, um novo fator surge para me alterar. Uma estrela com luz demais, e que ofusca todas as minhas outras, e da mesma forma que ela ilumina tudo, ela escurece o que eu preciso ver.

E para cada estrela do céu que some, é por que uma lágrima desceu dos meus olhos.

Seja pela dor, seja pela insatisfação, seja por que estou cansado de ficar cego por uma estrela que transforma minha dor em brilho, mesmo que não saiba disso.

E é triste, por que o Pedro que pula aos poucos está se tornando o Pedro que chora.

Ass: Pedro Cholodoski



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