domingo, 20 de novembro de 2011

Animal

Oi. Venho aqui depois de uma semana cheia de reflexões, e que sinceramente me deu frutos maravilhosos. Não só no sentido de auto-satisfação, mas de evolução.

Bem, é meio óbvio, mas este texto é meio que uma dedicatória. E a quem dedico, que me entenda.

Caminhar na praia, sentir os pés tocarem a areia fofa e gelada pelo clima.
Correr pela areia, sem preocupações, como uma criança, esperando que o tempo fizesse algo com minhas palavras escritas.
Ir até a água, sentir ela nos meus pés, e correr da mesma, antes que ela molhasse todo o resto, pois ainda não era tempo de molhar nada, alem de tentar pedir que minha correnteza interna se acalmasse.
Sentar na areia, e me sentir como se ela estivesse me puxando, levando minha coragem, e me deixando tenso à exaustão. E saber que ao lado, ao meu lado, estava a causa disso tudo.
É muito engraçado quando você se conhece melhor numa situação que exige que você abra seu coração e sua mente. E quando você se libera ao máximo, você se descobre mais maravilhoso que jamais foi, e que você consegue ouvir o barulho de cada onda, o farfalhar de asas de cada pássaro perto, como se isso tudo fosse um grande coração gigante.
O mais irônico, senão mais trágico, é o fato da pessoa que estava fazendo isso comigo estar sofrendo o mesmo.
O tempo vai passando, e mesmo com o céu estando nublado, ele era bonito. O cinza é uma cor bonita, por que representa a igualdade. O tom do dia era o cinza, o tom da conversa era cinza, mas os participantes estavam vermelhos, por que não sabiam expor o que realmente seus corações queriam.
Não será possível nem tão cedo haver essa exposição, pois os corações estão separados por vários metros, e que nada alem de desejo pode ocorrer.
Desejo reprimido, desejo dobrado, desejo confuso, desejo amigo.
E o pior, desejo compartilhado.
No meio de tanto desejo, um simples ato de carinho, um simples abraço, pra quebrar meu desejo de choro, pra quebrar a tensão, pra fazer o amor que existia guardado fluir, e que pude sentir em meu corpo.
Palavras escritas na areia como uma prece, mas que no fundo, não funcionam para nada alem de lembrança.
O tempo vai, as nuvens se movem, a água chega novamente nos pés. O tempo vai, e o medo se vai. Mais uma vez, depois de tanto tempo, depois de tanta aflição, os mesmos lábios que prometeram não se tocarem corromperam a promessa, mostrando o verdadeiro desejo dos corações. Olhos fechados que fazem ignorar todo o mundo a volta, e que uma onda poderia levar a ambos.
E pela primeira vez desde que ouvimos a música, o animal interior foi liberado, e ele morreu ali, mas agora vive em mim.

E que o amor e a amizade caminhem sempre juntas, pois assim não há distancia que destrua.
Agora aceito a realidade como ela deve ser, mas no fundo, queria poder continuar naquela praia para sempre.

''Quer me dar um beijo? você me daria um beijo?desculpa...''

Ass: Pedro Cholodoski



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